Sinestesia

Atravessando a ponte dos meus sentidos
Em busca de novos sabores pra degustar
No meio do mundo e de pessoas amargos
Deve haver um doce pra provar

Os acordes das músicas pincelam suas cores
Afasta o preto e branco que vejo em minhas dores

Sons emolduram a obra do meu mundo
Ornamentos lhe dão toque final
Crio trilhas para completar o meu retrato
E espantar esse azedume banal

Os acordes das músicas pincelam suas cores
Afasta o preto e branco que vejo em minhas dores
Canções que me remetem a doçura da minha flor
Quando apalpo teu rosto de seda me vem a cor do amor

Os versos não saem, a monotonia prolifera
Estático, mudo, será que não há mais o que falar?
Está tudo em branco, o mundo vago e negro
Sem uma verdade em que você confie apalpar, agarrar

Esperança! onde eu compro?
Felicidade! onde eu encontro?
Dinheiro?!?! é com isso que eu me importo?!?!?!
Há tanta coisa em volta para clarear e aquecer as gélidas almas
Que penam por sobreviver um segundo a mais nesse planeta.

Nasceu uma flor no concreto, rasgou um mundo de pedra
A vida se sobrepõe a tudo em busca do seu raio de luz
Que alimenta a sua necessidade de viver

Será que surgiu a inspiração para mais uma poesia?
Uma analogia a uma história de amor?
Amor iluminou os caminhos para continuar a jornada...

Voz da ganância, do pecado, e da dor.

Alguém se lembra dos sonhos?
Ou os vendeu por valores nada simbólicos?
Um olhar frio, um peito desbotado
Voltado ao nada, está perdido

Passos apressados em meio a tempo curto
Um mundo mecânico voltado ao futuro
E um presente perdido no meio do caminho
Um passado nada memorável depois do ponto

...Final...

Devorei teus sonhos
Uma vez por você abandonados
Comprei tua vida
Você se lembra de quando a tinha?

Tragando agora outro cigarro
Sentindo agora o gosto amargo
Que lhe sobrou

Joga-o fora após o ultimo trago
E junto vai sua consciência
Perdeu-se

Seu retrato em preto em branco
Resumo da falta de amar
Perdeu a vontade de acreditar

O mundo é para os fortes
E suas paredes são manchadas de sangue
Entre a bondade e o pecado
No mundo de presas e predadores

Mais um escrito meu, bem fresquinho

Imagina (O Sonhador)
Guilherme Holanda Bezerra - 23/08/09

Imagina
Que seus sonhos, de todos os tamanhos
Saltassem para fora
Imagina
Que um céu límpido e todo estrelado
Lhe surgisse agora

Imagina um mundo que você têm sonhado
E sempre sonhou em se perder
Imagina aquele alguém ao seu lado
Que você não se cansa de querer

Vejo Deus pintar o céu com um azul claro
E vejo ele bordar as nuvens nas alturas
Ouço os cantos de um lindo pássaro
Enquanto sigo pelas estradas

Sinto a alegria tomar conta de mim agora
E toda tristeza e dor foi-se embora

Digo adeus a esse mundo, vivo minha fantasia
Abro asas e sustento toda essa minha utopia
Vivo minha ilusão, levanto meus pés do chão
No meu mundo não tem dor, No meu mundo de sonhador

Compus uma música em cima de poesia Dedicatória a Degeneração, que vem em seguida nesse mesmo post, deem uma lida, comentem suas intepretações, o que lhe veem a mente:

Olhos Mais Negros (Degeneração)

Como todos, achei que era eterno
Mas vem o tempo com seu rosto enrugado
Mas vem o fim com seus olhos mais negros
Acolher para si aqueles que eu tenho

Nem sei como reagiriam diante de mim
Difícil aceitar a idéia de fim
Olhos tão profundos são eles
Os quais receio um dia mergulhar

Não encoste suas mãos enrugadas nela
Não a devore com essa sua fome de vida

Serei os seus olhos quando o mundo te cegar
Serei seus pés quando não tiver forças para caminhar
Mesmo quando o tempo pensar em te levar

Se precisar de amor para lhe fortalecer
Eu lhe darei para junto de ti crescer
Nem quero pensar que posso te perder

Trem passageiro, que termina em chamas
Queimados pelo próprio amor que lhe dou
O pranto vem feito tempestade para apagar
Com a ajuda do tempo que vem me consolar

Obrigado a todos que leem meu blog...muita paz!!!

Serei os seus olhos quando o mundo te cegar
Serei seus pés quando não tiver forças para caminhar
Mesmo quando o tempo pensar em te levar

Se precisar de amor para lhe fortalecer
Eu lhe darei para junto de ti crescer
Nem quero pensar que posso te perder

Página em branco

Deixe cair a lágrima sobre a folha em branco
Deixe que ela escorra e percorra a imaginação
Para que esse pedaço vazio, passe a ser franco
E condizente ao que diz sua emoção

Bote para fora um grito, uma agonia
Desabafo com você mesmo em versos
Deixe que uma paixão e uma alegria
Aflore seus textos mais apaixonados

Deixe fluir de dentro
Do fundo da alma
Sem pressa, com calma

Encare essa página em branco
Lhe acrescente vida, faça com
Que o que está escrito brote para fora do papel.

;D

Tava discutindo com um amigo meu agora pouco sobre o meu texto "o que move o ser" que é o primeiro post desse blog. Ele veio me falar que discorda de mim e vi que ele tem um ponto de vista bem interessante, que o que move o ser são as vontades. As vontades te tiram da inércia, é o que te move, o que te mantem ativo. Será? Eu acredito que nós seres humanos querendo ou não, temos instintos, e muitas vezes agimos de acordo com nossos instintos. Acredito que existem coisa que são movidas pela vontade até como ele me disse. Mas tem coisas que vem de tão profundo, tão de dentro, como o amor e o sonhar, que num é a vontade que impera sobre eles, e sim o instinto. Quando você ama vem derrepente, vc num sente vontade de amar uma pessoa, você simplesmente ama, e quando você sonha com algo, num é vontade, você simplesmente sonha. Axo que os instintos estão muito mais presentes em nossas vidas do que nós pensamos, a razão é uma dádiva de deus, mas para aqueles que sabem usá-las, para quem ve seus limites, e para aqueles que sabem que atráves dela não se explica muita coisa.

"Nós todos seremos muito mais humanos do que desejamos ser" - Daniel Gildenlow